Gartner recomenda que empresas invistam em intercambialidade para se tornarem mais ágeis e resilientes

Salvador, 18/11/2020 – O Gartner alerta que os executivos de TI (CIOs – Chief Information Officers) que investirem em sistemas de negócios intercambiáveis para lidar com a interrupção contínua das atividades devido à pandemia de COVID-19 ajudarão a tornar suas empresas mais resilientes e sustentáveis, além de apresentarem contribuições mais significativas para seus clientes.

Os analistas do Gartner afirmam que ter uma estratégia de negócios intercambiáveis significa preparar a empresa para estar melhor adaptada para mudanças repentinas, sendo capaz de gerar resiliência. Isso se baseia no fato de que esse método oferece suporte a instituições que exploram, pioneiramente, as disrupções proporcionadas pela tecnologia digital. Ao transformar os processos em atividades modulares – combinando e intercalando funções como blocos de construção –, os líderes passam a ter mais capacidade de orquestrar os resultados de seus negócios. Por exemplo: se uma organização percebe – ou descobre – que a transformação precisa acontecer, ela pode utilizar suas unidades de negócios autônomas para responder às demandas de forma mais rápida e criativa.

De acordo com uma pesquisa do Gartner, já mirando o ano de 2021, cerca de 69% dos diretores corporativos indicam que desejam acelerar as estratégias e implementações digitais para auxiliar suas empresas a lidarem com o atual momento de incertezas. Para algumas empresas isso confere um primeiro investimento em direção ao digital e, para outras, significa um aumento ágil e relevante dos recursos hoje existentes.

“Os negócios intercambiáveis são uma aceleração natural da Transformação Digital que as organizações vivem todos os dias”, diz Daryl Plummer, Vice-Presidente e Diretor de Pesquisa do Gartner. “Isso permite apresentarem a resiliência e agilidade para atuais exigências do mercado”.

“A região da Europa é o exemplo definitivo de composição”, afirma Paul Saunders, Diretor Sênior de Pesquisa do Gartner. “Por milhares de anos, diversas regiões e países da Europa têm se integrado e organizado – compondo e decompondo –, em uma jornada de constante adaptação e evolução. Uma combinação flexível, fluída, contínua e, até mesmo, improvisada é mais importante do que não fazer nada diante de cenários perturbadores e voláteis”, diz.

Don Scheibenreif, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner, explica que os negócios intercambiáveis se iniciam com três blocos de construção: Pensamento de Integração para garantir a manutenção da criatividade; Arquitetura de Negócios Intercambiáveis para promover flexibilidade e resiliência; e Tecnologias Combináveis, que são as ferramentas levando em consideração curto, médio e longo prazos.

“Durante a crise ocasionada pela Covid-19, a maioria dos CIOs alavancou os investimentos digitais existentes em suas organizações, enquanto outros aceleraram novas estratégias,  dedicando-se aos três blocos de construção dos negócios combináveis”, diz Tina Nunno, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner.

“No cenário Europeu, os CIOs lidam com variados idiomas, diferentes regras, regulamentos, países e culturas”, explica Saunders. “Os blocos de construção não são suaves e uniformes e, às vezes, a tarefa que enfrentam parece impraticável. Porém, sua capacidade de intercambialidade torna realizável o que aparentemente parece intransponível”, diz.

Para garantir que suas organizações se tornassem resilientes durante a pandêmica, muitos CIOs também aplicaram, pelo menos, um dos quatro princípios essenciais de combinação, ganhando mais velocidade por meio da descoberta, maior agilidade devido à modularidade, melhor liderança com a orquestração e o fortalecimento de resiliência dado o aumento de autonomia.

Os analistas do Gartner afirmam que esses quatro princípios podem ser vistos de maneiras divergentes, dependendo de quais são os blocos de construção que as empresas estão trabalhando:

– O Pensamento de Integração possui os princípios de design e orientam a abordagem de uma organização para conceituar o que e quando combinar;

– A Arquitetura de Negócios Intercambiáveis oferece os recursos estruturais, dando a uma corporação os mecanismos para utilizar na arquitetura de seus negócios; e

– As Tecnologias Combináveis são metas de design de produto que conduzem os recursos de tecnologias as quais fornecem suporte para as noções de intercambialidade.

“No final das contas, as companhias precisam dos princípios e dos blocos de construção para tornar intercambialidade real”, explica Plummer, indicando que os blocos de construção da combinação podem ser usados para gerar uma dinâmica ágil em direção a novas oportunidades.

Um grande varejista chinês usou, por exemplo, a sua capacidade de intercambialidade quando a pandemia o atingiu para auxiliá-lo a reestruturar seu negócio. Por meio do pensamento combinável, essa empresa optou por articular as vendas com streaming, adotando uma estratégia que favorecia o uso tecnologias de marketing social. Com isso, essa companhia produziu mais de 5.000 vendas na loja virtual e a equipe de suporte aos clientes se tornou frequente nas interações por vídeo com consumidores. O varejista não sofreu com demissões e teve uma perda mínima de receita.

“Ao longo de 2020, os líderes de TI mantiveram sua compostura e entregaram um valor significativo”, afirma Nunno. O próximo passo é criar um negócio mais combinável usando os três blocos de construção indicados pelo Gartner e aplicando os quatro princípios. “Com a capacidade de intercambialidade, as organizações podem alcançar a aceleração digital, maior resiliência e a possibilidade de inovar, mesmo em meio a mudanças jamais vistas”, afirma o analista.

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