Agasus investe no modelo de assinatura

Salvador, 23/07/2020 – A Agasus é uma empresa, de capital 100% nacional, especializada na locação de hardwares para empresas pelo sistema de assinatura, conhecido por HaaS (Hardware as a Service). Aluga equipamentos como desktops, notebooks, smartphones, tablets e servidores, além de oferecer diversos serviços de suporte e manutenção, incluídos nos pacotes de locação.

Com o modelo de negócios adotado pela Agasus, as empresas clientes não precisam desembolsar caixa para comprar equipamentos: elas podem alugá-los conforme a necessidade, contratando uma das opções de assinatura disponíveis, num sistema ondemand similar ao que consagrou as gigantes do streaming. Sem precisar se preocupar com altos investimentos na aquisição de equipamentos que logo podem ficar ultrapassados, os clientes da Agasus ficam livres para se concentrar no próprio core business. Os ativos da Agasus são sempre de última geração e alugados com as devidas licenças e atualizações pertinentes.

Ao operar no sistema ondemand, a Agasus se alinha a um movimento que se consolidou nos últimos anos, e que continua crescendo, entre consumidores e empresas no mundo todo: a preferência pelo uso de bens em detrimento da posse. A flexibilidade do modelo de aluguel de equipamentos, no caso da Agasus, é complementada pela comodidade da prestação de serviços de suporte, manutenção e delivery — a empresa atende remota ou presencialmente (nesse caso, seguindo todos os protocolos sanitários) clientes de todo o Brasil. A Agasus mantém um atendimento rápido e ágil para manutenção dos equipamentos.

A pandemia amplificou a demanda pelos produtos e serviços da Agasus, à medida que mais empresas aceleraram a decisão de adotar trabalho remoto e perceberam as vantagens de não precisarem investir altas quantias na aquisição de equipamentos. A empresa chegou a este momento com um amplo knowhow, acumulado em 20 anos de operação.

É controlador da Agasus o 220 Capital, fundo de investimento da categoria de searchfunds. Diferentemente do privateequity, em que os investidores aportam os recursos e delegam a administração da empresa investida, no modelo de searchfund os próprios investidores assumem o comando da operação.Depois que o 220 Capital adquiriu a Agasus, em maio de 2019, a empresa destinou R$ 30 milhões para compra de novos equipamentos, de um total de R$ 50 milhões captados em emissão de debêntures, já se preparando para o projeto de expansão.

Em poucos meses a Agasus elevou de 60 para 100 o número de funcionários e consolidou um parque de equipamentos de mais de 65 mil itens, alugados para 800 clientes espalhados pelo país — nomes de peso como Riachuelo, Leroy Merlin, Enel e Natura, além de empresas de menor porte. A formação de um estoque robusto em quantidade, qualidade e diversidade de equipamentos e marcas permitiu que a Agasus saísse na frente da concorrência quando subitamente a pandemia fez explodir a demanda por locação de equipamentos — para se ter uma ideia, entre fevereiro e março de 2020 a procura pelos serviços da Agasus saltou 300%. As compras de hardwares foram feitas na China antes de o país “fechar” por conta das medidas de isolamento social.

Fundo de investimento

Formado em 2017, o 220 Capital é um fundo de investimento concentrado em empresas brasileiras. No primeiro semestre daquele ano, o fundo fez sua primeira captação, tendo alcançado 16 cotistas nacionais e internacionais. O grupo de cotistas pretendia avaliar e investir num único ativo de médio porte em crescimento. Durante o rastreamento, que durou dois anos, o fundo avaliou cerca de 400 empresas antes de decidir pelo investimento na Agasus. Esse modelo de fundo (searchfund) envolve jovens empreendedores, normalmente recém-saídos de uma experiência acadêmica internacional, e investidores interessados em adquirir um ativo com bom potencial. Em geral, as empresas que estão no radar dos searchfunds têm faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 100 milhões.Em 2019, a Agasus faturou cerca de R$ 45milhões.

João Luis Lima, 33, e Rene Almeida, 35, são os dois sócios-gestores do 220 Capital. Os dois têm graduação em Administração pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (EAESP-FGV) e acumulam experiências em grandes empresas no Brasil.Os executivos se aproximaram enquanto cursavam mestrado em administração (MBA) na IE Business School, em Madri, na Espanha, considerado o melhor MBA da Europa para fins de empreendedorismo, de acordo com o Financial Times.