TikTok celebra o Mês Internacional da Mulher com worksho psobre Empoderamento com convidadas especiais

Salvador, 19/03/2020 – O dia 8 e todo o mês de março é um grande marco na luta pelos direitos das mulheres e seu lugar na sociedade. O TikTok, plataforma de conteúdo criativo que já é o app mais baixado do mundo em 2020, para comemorar esta importante data, organizou um workshop que uniu dezenas de mulheres criadoras de conteúdo para fortalecer a comunidade feminina de TikTokers.

O encontro ficou mais especial ainda com a presença de @alexandrismos e outras 20 top creators da plataforma que compartilharam abertamente suas experiências com feminismo, luta pela equidade, gordofobia, body positive e todos os outros desafios que as mulheres enfrentam diariamente. O bate-papo também abordou a posição das mulheres como produtoras de conteúdo e as expectativas e cobranças de seus seguidores, traçando um panorama da representatividade feminina neste novo e inovador modelo de mídia.

Além do debate e da intensa gravação de conteúdos e challenges com as influenciadoras, também foi lançado um filtro especial e a campanha com a hashtag #juntasnoTikTok durante o evento.

A ativista social, autora do best-seller sobre aceitação corporal e colunista da Marie Claire, Alexandra Gurgel, foi o nome mais esperado do evento, que compartilhou relatos poderosos: “Eu sempre estava muito longe do que era considerado bonito e não tinha nenhuma referência, zero representatividade. Cheguei ao ponto de fazer uma lipoescultura no meu corpo inteiro, que ainda por cima foi oferecida pela minha mãe. E mesmo assim quando finalmente fiquei magra, aquilo não me deixou feliz, pelo contrário. Eu pensava que a minha vida só iria começar quando eu atingisse o corpo ideal, a comparação com outras mulheres era enorme. Eu achava que precisava ser magra para ser aceita”, diz Alexandra, que hoje é mestra em aceitar seu corpo e inspira muitas mulheres a fazerem o mesmo.

Alexandra também fala do importante papel do TikTok nesta luta. “Eu entrei no TikTok esse ano como um desafio criativo. Porque realmente é um desafio tentar levar o meu assunto de aceitação, que para muita gente ainda é polêmico, delicado e sensível, para todo mundo. Eu comecei a suavizar minha fala no TikTok e está sendo incrível a resposta, tem muito vídeo que eu faço lá e posto em outras plataformas e as pessoas têm gostado bastante. O TikTok está sendo um lugar para eu me divertir, para viver meu corpo livre”.

Sobre o workshop do TikTok, Alexandra comenta: “Eu queria muito ver um evento desse acontecer, onde as mulheres entendessem que elas têm mais para oferecer. A gente pode fazer challenges, a gente ama e se diverte com isso, mas porque não falar da sua história? A gente ouviu aqui hoje mulheres que nunca imaginaríamos, mulheres magras padrão, de todas as cores e todos os tipos, revelando suas histórias e como elas também sofrem, porque dores doem em todos. Todo mundo sofre. Quando a gente tem empatia e vê que juntas a gente consegue fazer muito mais, temos mais força e mais gás para ir além”.

Outra creator que deu ótimos depoimentos foi Talitah Sampaio, que comentou sobre o quanto é difícil para qualquer mulher ser aceita e considerada dentro do padrão: “O que mais acontece comigo hoje na internet é ‘nossa, não acredito que você é mãe e usa essa saia’ ou ‘não acredito que você tem 30 anos’. São coisas absurdas que parecem pequenas, mas que machucam. Eu luto todos os dias, principalmente pela minha filha. Tento passar para ela e para as pessoas que me seguem que devemos normalizar todos os tipos de mulheres, não criticar, não julgar por idade. Porque é sempre a mulher. A mulher não pode ser mais velha, a mulher não pode ser gorda, a mulher não pode ser isso ou aquilo. Se você é magra, está muito magra, ‘você não usa maquiagem? Tem que usar’ ou se usa, ‘você usa maquiagem demais’. E eu sempre escutei muito isso. Porque meu cabelo era diferente, porque eu sempre gostei de tatuagem, porque eu sou muito grande, muito alta, ‘você é muito alta, tem que ser muito magra para ficar bonita’.

Talitah conta que passou sua adolescência inteira se sentindo mal: “Me sentia feia, desengonçada, com o pé gigante. De uma forma que eu não era. A gente até reparou isso hoje aqui neste workshop, que nenhuma mulher se enxerga como ela é. A gente olha uma mulher e pensa ‘cara, ela é perfeita’, aí um dia ela te conta que teve muitos problemas com a aparência. Aí você entende que nenhuma mulher está satisfeita, porque o mundo é patriarcal e ele foi criado para que a mulher se sinta mal, independente do recorte social dela. A mulher foi feita para se sentir mal e sempre estar abaixo. Porque se você não está 100% com você mesma, você não consegue dar 100% de você na sua profissão, na sua vida. A sociedade já foi criada para que a gente não atinja o nosso máximo”.

O TikTok entende que, ainda que seja uma ferramenta leve e divertida, exerce um relevante papel ao influenciar o comportamento de seus usuários das mais diversas idades. A plataforma entende sua responsabilidade e a importância de dar espaço para diálogos sobre diversidade, inclusão e autoaceitação.

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