Como funcionam as tomadas USB?

Salvador, 09/06/2020 – O que seria do no nosso dia a dia em casa ou no trabalho sem celulares e tablets? Estamos tão cercados de tantos dispositivos que, no Brasil, existem mais linhas móveis em operação do que habitantes no país.

Segundo a Anatel, existiam cerca de 226 milhões de linhas móveis até março, sendo que o IBGE estima a população atual em torno de 211 milhões de habitantes.

Apesar dos consideráveis avanços na autonomia das baterias, em algum momento será preciso carregar todos esses aparelhos e pode não haver tomadas suficientes. Não raro o carregador de celular precisa batalhar por espaço nas tomadas já ocupadas.

Para evitar conflitos, não seria melhor dedicar uma conexão exclusiva para esses aparelhos portáteis? Pode parecer conversa fiada, mas essa solução exclusiva parte de uma tecnologia já bastante comum na sua rotina.

Criado em 1996, o USB (Universal Serial Bus ou porta universal, em português) é o padrão industrial que universalizou a conexão dos mais variados acessórios periféricos, como por exemplo mouses, teclados e impressoras.

Se você usa um computador ou notebook frequentemente, há muitos anos já desfruta dos benefícios das portas USB, mas talvez nunca tenha reparado que esse avanço foi replicado para funções que vão além da conectividade para transmissão de dados.

Você já reparou que celulares e tablets começam a carregar a bateria quando conectados no computador, mesmo que lentamente? Isso acontece porque toda porta USB também possui características elétricas, mas em escala reduzida para fornecer o somente necessário para os periféricos funcionarem.

Para aumentar seu potencial, a porta USB foi isolada em módulos para ser usada como uma tomada, podendo ser instalada em paredes ou até mesmo acoplada ao mobiliário exclusivamente para carregar os dispositivos móveis.

“As portas USB em computadores geralmente trabalham com uma corrente de 0,5 A. Ao isolar essas portas em módulos para usarmos como tomadas, é possível atingir uma corrente por volta de 1 A, o que resulta num carregamento 50% mais rápido”, explica Nayara Diniz, coordenadora de produto da STECK Indústria Elétrica. “Os módulos também possuem a vantagem do funcionamento bivolt”, completa.

A STECK possui duas linhas de tomadas residenciais, Stella e Sophie, com módulos na opção de carregador USB. A vantagem da instalação modular é a flexibilidade de alternar as opções de conectividade e acionamento na mesma placa.

Além de mais eficientes no carregamento, as tomadas USB permitem que você dispense o plugue convencional e permite uma estética mais limpa e minimalista independentemente de onde esteja aplicada.

É importante saber que, por estar conectado diretamente ao cabeamento, o módulo USB demanda uma pequena corrente – 12mA – mesmo quando não está carregando algum aparelho – é como se estivesse em stand by.

“Você pode zerar esse consumo fora de uso instalando um módulo de interruptor em série com a tomada para consumir energia somente quando necessário”, explica Diniz.

Outra dica para usar as tomadas USB sem problemas é sempre usar carregadores de celular ou tablets originais. Os modelos ‘piratas’, além da flagrante falta de qualidade, podem apresentar problemas de segurança que resultam em acidades como choques ou até incêndios.

Sempre que não puder usar o seu carregador, verifique se a alternativa é de uma marca confiável e quais são as especificações desses dispositivos para não provocar acidentes e também não danificar seu aparelho.

Mesmo se a embalagem indicar as informações elétricas, procure identificações de qualidade e certificação como o selo do Inmetro. É a garantia de que esses dispositivos foram fabricados e testados seguindo todas as normas de segurança.

“O carregamento USB geralmente padroniza a tensão em 5 V, mas possui variações de corrente que vão de 0,5 até 2 A. Se você usar carregadores que trabalham acima de 5 V, vai estragar o aparelho e ainda pode provocar um acidente. Procure também respeitar as indicações de corrente, pois se estiver abaixo da indicada, pode diminuir a vida útil da bateria, e muito acima dela, vai sobrecarregar o conjunto”, completa Diniz.

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