Lançado o Edital do Digital.Br: programa destinado a projetos de inovação na região Nordeste

Redes com até três instituições públicas ou privadas podem inscrever seus projetos até o dia 10 de agosto, por meio do site www.digitalbr.abdi.com.br.

Salvador, 26/06/2020 – O lançamento do Digital.BR aconteceu de forma virtual e contou com a presença do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Igor Calvet, o deputado federal JHC (PSB-AL), que preside a Frente Parlamentar de Economia e Cidadania Digital; o presidente do Conselho do Porto Digital, Sílvio Meira; Ítalo Nogueira, presidente da Federação Assespro; e Paulo Cunha, Head do Setor Público da Amazon Web Services e integrante do Movimento Brasil Competitivo (MBC). Dividido em blocos, o evento discutiu temas como a crise da Covid-19 e o impacto na digitalização, novos modelos de negócios que emergem e se aceleram no momento atual, a transformação digital e o lançamento do programa.

“A região Nordeste é muito empreendedora e aprende muito rápido. Dados do SEBRAE mostram que 15% das micro e pequenas empresas brasileiras estão no Nordeste. E lá estão o Sururu Valey, o Porto Digital e várias outras iniciativas no Ceará, Bahia, Paraíba, que são polos que começam a emergir no universo de inovações, criando uma rede muito grande”, disse Igor Calvet. O presidente da ABDI avaliou que “o processo de transformação digital e tecnológica é irreversível e que há um impacto muito grande da crise da Covid-19”, disse.

Para o deputado federal JHC (PSB-AL), o debate é de extrema relevância para o país “e se inicia numa região maravilhosa que é o Nordeste, que tem pessoas extremamente empreendedoras, na vanguarda da inovação”, disse. Para o parlamentar, a iniciativa da ABDI é de “fundamental importância para acelerar os sonhos e projetos de instituições privadas e públicas que desejam ampliar seu leque de ações na indústria e gerar emprego, pesquisa e inovação para a região”. JHC lembrou que 83% dos empresários já se sentem impactados pela pandemia. O deputado destacou ainda a educação como a base para toda transformação digital.

Silvio Meira, presidente do Conselho do Porto Digital, ressaltou a mudança de paradigmas em relação a comportamentos. “A execução do negócio passou a depender de um negócio digital. É pensar num mundo ‘Figital’, com três vetores diferentes”, disse. Segundo Silvio Meira, é preciso olhar para a dimensão física e em seguida para a dimensão digital que habilita a física. “Os processos de Transformação Digital não abandonam o físico. A rede não é descartada.” A terceira dimensão de acordo com ele é a social, tanto física como digital, de conexões para relacionamentos, interações e construção de significados, “que é onde está a cultura”. As empresas, avaliou, dependem fisicamente de plataformas digitais há algum tempo, “e isso não é por causa da Covid-19. A Covid é somente o apocalipse digital que muita gente não conhecia”, esclareceu.

Paulo Cunha, Head do Setor Público da Amazon Web Services e integrante do Movimento Brasil Competitivo (MBC), elogiou a iniciativa da ABDI com o programa Digital.BR. “Que essa seja uma semente que a ABDI está colocando muito bem, numa região de muito talentos, e que não se limite ao país”, disse. PaCu destacou que a pandemia foi sentida por toda a indústria e a partir do primeiro impacto “foi possível ver a possibilidade de fazer a transformação digital, olhando pelo cliente, pelo varejista. O que falta? Mão de obra. A responsabilidade das empresas de tecnologia é levar a requalificação do trabalho, o talento”, avaliou.

A requalificação profissional foi destacada também por Ítalo Nogueira, presidente da Federação Assespro. Ele relatou que na Associação, no início da pandemia, o principal e primeiro cuidado foi com a saúde e, num segundo momento, o caixa das empresas e a manutenção dos empregos. “Esse ponto de formação do profissional é o que vai ocupar essas lacunas nos pós pandemia, e é muito importante que governo, empresas, pensem de forma muito cuidadosa”, analisou. Segundo Ítalo, há no momento atual um grande desafio, na transformação digital. “Ela passa pela cultura nas organizações e, nesse pós pandemia, a gente enxerga que o desafio é de requalificação e de repensar de forma coletiva e associativa”, disse.

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