Cassinos crescem em popularidade e ganham mais espaço na América Latina

O entretenimento nos cassinos vai muito além das mesas ou máquinas: shows, restaurantes e muita diversão estão no roteiro de quem marca uma visita a tais locais. Não pense que apenas Las Vegas ou Macau conta com estabelecimentos assim: aqui, pertinho de nós, também é possível desfrutar. Aqui mesmo, na América do Sul, temos alguns países que contam com cassinos em seus territórios e são deles que falaremos aqui.

Cassinos no Chile ganharam o público local e os turistas

Em 2017, a indústria de cassinos no Chile foi capaz de resistir à desaceleração econômica do país e alcançou ótimos números. Segundo um relatório estatístico da Superintendência de Cassinos e Jogos no Chile, que era formado há dois anos por 18 casas de jogo e sete cassinos municipais, o setor registrou receita bruta de US$ 690 milhões durante os primeiros 11 meses de 2017.

“A partir de 2008, vimos uma renovação muito positiva das cidades com cassinos e serviços de alto nível, como hotéis, centros de convenções, uma gama completa de shows”, afirma Gerardo Cood, gerente geral da Enjoy, no Chile.

Deixando de lado os cassinos municipais, esse setor gerou mais de 2.300 empregos no Chile e ainda investiu mais de US$ 722 milhões de dólares em 14 hotéis, que agregam complexos de lazer e entretenimento: 14 centros de convenções, 9 salas de exposições e 6 shopping centers.

“Em 2008, cada cassino recebeu uma média de 564 visitas diárias e em 2017 uma média de 851 visitas diárias, o que implica um crescimento de 51%”, explica a superintendente de cassinos Vivien Villagrán.

Uruguai é um exemplo a ser seguido no continente sul-americano

Segundo um  levantamento feito pelo jornal EL País em 2018, o valor total de apostas feitas pelos os uruguaios em 2017 chegou a cerca de US$ 809 milhões. Na prática, esse número representou 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai e mostra um aumento em relação à quantidade de apostas estimada pelo mesmo jornal em 2016, que foi de US$ 680 milhões.

Segundo Javier Chá, diretor geral do Casinos de Uruguay, a regulamentação dos cassinos levou aos cassinos estatais do país ‎$U 212 milhões de lucro em 2016. Na Europa, por exemplo, alguns países aplicam parte dos lucros dos cassinos em segurança pública e infraestrutura — como acontece em Portugal.

Apesar da economia instável, o setor de jogos na Argentina gerou R$ 19.500 milhões em 2017

De acordo com uma pesquisa feita pelos jornalistas Cristian Pérez e Ricardo Heurtley, dois jornalistas investigativos do Fórum Argentino de Jornalismo (FOPEA), toda a indústria do setor na Argentina gerou um faturamento anual de R$ 19.500 milhões em 2017.

Além disso, somente na indústria de cassinos e bingo foram gerados mais de 150.000 de empregos, diretos e indiretos. Também vale ressaltar que Argentina tem um dos maiores complexos de entretenimento da América Latina, o City Center Rosário.

Setor do entretenimento online no Brasil apresenta crescimento e boa perspectiva para o futuro

O setor online dos jogos de cassino também apresenta alto alcance na América Latina. A Betway Cassino, casa de apostas online, por exemplo, referência mundial nesse setor, é um dos principais segmentos online responsáveis por abastecer um dos maiores mercados de mídia entretenimento da América Latina, o Brasil — que ainda não tem cassinos em espaços físicos.

De acordo com a 19° Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2018-2022, os gastos nas plataformas digitais no Brasil demonstram atualmente crescimento mais acelerado em relação aos demais, liderados por jogos, publicidade digital e streaming na internet.

Ainda segundo a pesquisa, 37% dos gastos com entretenimento e mídia em 2017 foram direcionados à internet no Brasil. Em 2022, a expectativa é que esse número ultrapasse a marca dos 50% no mercado nacional.

De acordo com Carlos Giusti, sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC), a digitalização do entretenimento está cada vez mais inclusa no setor de entretenimento e negócios.

“O digital transformou de vez todo o ecossistema do setor de entretenimento e mídia. O conteúdo tornou-se mais imersivo e disponível sob demanda. As plataformas digitais proliferaram, criando uma distribuição mais direta e personalizada, levando as empresas a desenvolverem estratégias de escala e de nicho ao mesmo tempo”, diz Giusti.

Segundo a PwC, o crescimento global anual em 15 segmentos do setor de entretenimento e mídia em 53 países deve ser de 4,4% ao ano até 2022, o que não deixa de ser uma ótima notícia para o setor.

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