A cloud está crescendo e não vai parar

Por Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom

A previsão é de que a computação em nuvem, ao lado da inteligência artificial, seja a tecnologia que receberá mais investimentos ao longo de 2020, segundo o estudo “Tendências para Transformar Sua Empresa em 2020”, da CI&T, em parceria com a Opinion Box, que entrevistou 500 executivos brasileiros. A previsão de crescimento da receita global de nuvem pública é de 17% também neste ano, estima a Gartner.

Isso porque com a cloud é possível acessar informações de qualquer interface e lugar, o que facilita desenvolver negócios e trabalhos. Ela proporciona mais segurança do que os antigos data centers, pois cria chaves de acesso e autenticações, faz bloqueios e restrições, ficando mais fácil e gerenciável criar políticas de senhas mais seguras.

Uma estratégia de segurança que vai ao encontro das exigências que chegarão com a LGPD a partir de agosto deste ano. A lei será abrangente e se aplicará a qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que lide com dados pessoais.

Além disso, diante do cenário econômico atual, investir on demand, ou seja, somente quando necessário, é outra vantagem proporcionada dessa tecnologia. Uma companhia pode contratar serviços de cloud conforme sua necessidade vai surgindo ou aumentando. E otimização dos gastos não é algo que pode ser desprezado quando se pensa em manter um negócio funcionando.

Algumas empresas estão percebendo isso hoje, mas outras já haviam notado que a nuvem seria essencial. Há alguns anos a Megatelecom fez isso, criando rotas de conexão privada, entre as empresas e os fornecedores de cloud públicas, para que o acesso seja feito com velocidade e segurança.

O mercado de telecomunicação está passando por um momento de disrupção, trazido, principalmente, por esse tipo de serviço. Para se ter ideia, a Microsoft anunciou em seus resultados financeiros do ano passado que a computação em nuvem da empresa gerou mais receita do que a divisão do sistema operacional Windows e o pacote de produtividade Office (Word, PowerPoint e Excel), que já foram seus “carros-chefes”.

Mas tudo isso só foi possível porque a velocidade do acesso aumentou, tornando a nuvem o modo mais rápido de lidar com o enorme volume de dados gerados todos os dias. Deixando desnecessária uma rede robusta com um único ponto de acesso, exigindo vários deles. Porque o interessante é dispor de uma rede preparada para receber múltiplas interconexões e acessos, de qualquer lugar e a qualquer hora, contando inteligência suficiente para receber essas informações, interpretá-las e transmitir.

Podemos pensar na cloud como se, metaforicamente falando, ao invés de cada pessoa usar o seu computador em casa, pagando por máquinas e acessos diferentes, todas pudessem estar conectadas juntas a um equipamento compartilhado online. Isso é o que torna essa tecnologia tão incrível.

O que vem pela frente é o avanço. Não só da nuvem, mas do 5G e do IoT, todos eles andarão juntos. Ficar para trás já não é uma opção, por isso, o investimento nessa tecnologia continua e vai crescer ainda mais. É um caminho sem volta.

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